quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Tem muito Link e pouca Zelda nessa indústria

  
Antes de começar o post eu quero que você faça um pequeno exercício,conte o número de jogos que você jogou no ano passado,agora conte quantos desses jogos tem personagens femininos,agora me diga em quais desses os personagens femininos foram mais do que apenas uma princesa a ser resgatada ou alguém pra ajudar o herói,além disso me diga se alguma delas tinha uma personalidade forte ou se a profundida do personagem era a mesma que uma poça de água depois da chuva.

   É bem provável que o resultado desse pequeno exercício tenha sido a realização que não existem muitos personagens femininos em videogames, muito menos personagens femininos com profundidade ou até mesmo como protagonistas, eu não sei se sou só eu mas confesso que fiquei um pouco chocado com isso,dos jogos que havia jogado em 2011 apenas 4 tinham protagonistas femininas e mesmo assim só duas delas eram bem escritas e não só simples arquétipos de personagens ou estereótipos.
Acho que isso exemplifica o que eu falei
  Não que esse seja um problema exclusivo dos games, pode-se observar isso claramente em filmes e livros, o que faz todo o ocorrido mais surpreendente ainda na minha opinião quer dizer estamos no século 21 mulheres no poder,igualdade de direitos e tal então porque essa desproporcionalidade tão grande entre estórias estreladas por personagens femininos e masculinos?O pior de tudo é que eu realmente não sei o porque disso, é porque a maioria da audiência são homens?É preguiça de escrever um tipo diferente de personagem? Ou pior ainda,ninguém notou ainda esse problema nos jogos de hoje em dia?
    Depois de me perguntar todas essas perguntas cheguei a conclusão que a resposta é a segunda,eu não fui a primeira pessoa a perceber isso e esse não é um problema de hoje e tem divulgação suficiente para que chegue nos ouvidos de quem importa,a desculpa da audiência masculina pode ser um pouco plausível mas mesmo em videogames que é reconhecido por ser dominado por homens isso já está mudando,na verdade se você prestar atenção mesmo isso já mudou. Logo a resposta deve ser a simples preguiça de escrever personagens diferentes dos usuais o que esbarra em outro problema que eu já comentei aqui, a falta de inovação,você não ter essa variedade de personagens e protagonistas não é bom pra ninguém só ajuda a indústria a permanecer estagnada com os mesmos modelos de sempre.

PS: Obrigado a Paula Cruz e Pedro Assis por me fornecerem as discussões que originaram esse post e os 2 próximos que também abordarão o assunto, achei que o post ficou muito curto mas pretendo falar mais nos próximos posts mas se você tem alguma colocação a mais deixe nos comentários porque eu achei que ficou meio ralo esse post mesmo.

Um comentário:

  1. Meu nome ali, yaaay! :D

    Um dos grandes problemas é que a tradição ocidental vê a mulher como algo frágil, que deve ser guardado e protegido (isso em todos os sentidos possíveis). Dessa maneira, a mulher só pode trabalhar, ser "aventureira" e durona se ela continuar meiguinha e feminina. Claro que há o oposto, que é o lado da objetificação da mulher (só pode se portar como um homem se for gostosona, se for feia não), que serve mais pra... hm, construir um imaginário de fetiches masculino mesmo. Daí o papel da mulher fica naquele velho esquema de "foto de calendário de oficina de carro", não é levado realmente a sério... Uma das personagens femininas mais bad mothafucka é a Lara Croft, que já fez até ensaio pelada (!). Quer dizer... mesmo quando há mulheres, elas são feitas de visões estereotipadas masculinas (o que eu te falei do dream pixie girl). E o pior é que muita vezes as próprias mulheres contribuem para isso

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